Por: Kelven Junio
O Brasil está enfrentando um dos seus mais graves surtos de dengue, com 363 mortes confirmadas pela doença em 2024, conforme os dados mais recentes divulgados pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Além dessas mortes confirmadas, há ainda 763 óbitos sob investigação, potencialmente elevando o total para 1.126 vítimas da doença até o momento.
Até a última sexta-feira, o país já contabilizava impressionantes 1.342.086 casos de dengue, com um coeficiente de incidência de 660,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Esta elevada incidência reflete a magnitude do desafio que as autoridades sanitárias e a população brasileira enfrentam.
A análise demográfica dos casos prováveis mostra uma prevalência de 55,5% em mulheres e 44,5% em homens, com a faixa etária dos 30 aos 39 anos registrando o maior número de ocorrências, seguida pelos grupos de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Entre os estados, Minas Gerais lidera com o maior número absoluto de casos prováveis (464.223), seguido por São Paulo (238.993), Paraná (128.247) e o Distrito Federal (122.348). Notavelmente, o Distrito Federal apresenta o maior coeficiente de incidência, com 4.343 casos por 100 mil habitantes, seguido de perto por Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.
O surto atual sublinha a necessidade urgente de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, e de medidas de prevenção e controle da doença. A colaboração entre autoridades de saúde, governos locais e a população é essencial para conter a disseminação da dengue e evitar mais perdas de vidas.
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